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Acne na mulher adulta é comum, mas há tratamento; saiba mais

Adriana Vilarinho

30/03/2020 04h00

iStock

Sabia que acne não é comum somente em adolescentes? Pois é, as espinhas também podem surgir na fase adulta, principalmente em mulheres. Mas há tratamentos para esse problema que causa desconfortos.

A acne na mulher adulta pode iniciar a partir dos 25 anos, mas também pode ser um quadro persistente desde a adolescência. Porém, diferentemente das espinhas que surgem em jovens, na chamada "zona T", compreendida por testa, nariz e parte superior das bochechas, na mulher adulta, brotam na "zona U", composta pelo queixo, mandíbula e pescoço, em quadros inflamatórios.

As espinhas surgem da inflamação nas glândulas sebáceas que quando produzem gordura em excesso são porta de entrada para bactérias e microrganismos nocivos à pele. Anteriormente, acreditava-se que o excesso de óleos produzidos pelas glândulas sebáceas era provocado quase exclusivamente por oscilações hormonais. Porém novos estudos apontaram que isso só acontece em 30% dos casos de acne da mulher adulta.

A genética é uma das questões que são levados em consideração quando é realizada a avaliação em consulta dermatológica, pois é comum o paciente ter algum parente de primeiro grau que também apresenta problemas com acne.

Além disso, dietas com o consumo em excesso de laticínios e carboidratos, estresse, tabagismo, poluição, exposição solar e o uso de alguns suplementos alimentares podem ser fatores desencadeantes ou de piora da acne.

As espinhas podem ser tratadas com produtos tópicos, com ativos como ácido retinoico, ácido salicílico, peróxido de benzoíla, entre outros. Além disso, lavar o rosto com sabonetes que controlem a oleosidade, sem agredir a barreira cutânea, e medicamentos (hormonais ou não) também são recomendados.

Produtos matificantes e com efeito "blur" ajudam a manter a pele sem brilho, além de disfarçar os poros. Loções secativas são boa opção, quando usadas pontualmente, para ajudar os pacientes a não espremerem as espinhas, o que pode causar lesões e aumentar o risco de manchas e cicatrizes.

Terapias com lasers e luzes possuem ação anti-inflamatória e os peelings químicos também ajudam na resolução das lesões. Mas vale lembrar que procedimentos clínicos podem ser realizados a fim de melhorar o quadro de acne, porém não substituem os tratamentos convencionais. A consulta com um dermatologista é sempre necessária para adequar o tratamento às necessidades de cada tipo de pele.

Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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