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Blog da Adriana Vilarinho

Câncer de pele é o mais comum do mundo. Veja os tipos da doença e cuidados

Adriana Vilarinho

09/12/2019 04h00

O câncer de pele pode ser prevenido com atitudes simples, como usar protetor e chapéu quando se expôr ao sol | Crédito: iStock

O câncer de pele é o tumor mais comum no mundo e a principal causa é a exposição excessiva ao sol, porém, pode haver também influência genética. O dermatologista é o médico habilitado para diagnosticar e tratar esse tipo de câncer, especialmente em sua fase inicial.

 A doença pode acometer todas as idades, sendo mais comum na fase adulta. Há três tipos mais frequentes: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Carcinoma Basocelular É o mais comumente visto e menos agressivo, pois tem uma evolução mais lenta. É muito frequente em face e couro cabeludo e pode aparecer como uma pápula (tipo de bolinha) que sangra e que não cicatriza, mas também pode apresentar-se apenas como uma mancha na mesma cor da pele, pigmentada ou avermelhada. O carcinoma basocelular tem menor chance de metástase (disseminação para outros órgãos) mas pode ocorrer um crescimento local agressivo. O tratamento é cirúrgico.

Carcinoma espinocelular Tende a aparecer em áreas de feridas ou cicatrizes antigas, como de queimaduras, mas a maior ocorrência é também nas áreas de exposição solar. 

Possui uma chance maior de desenvolver metástases e seu tratamento também é cirúrgico e, de maneira geral, é mais grave se comparado ao carcinoma basocelular.

Melanoma É o tipo mais agressivo de câncer de pele, pois tem maior probabilidade de provocar metástase. Existem alguns sinais que servem de alerta, que, se presentes, indicam que você deve procurar um dermatologista. Esse conjunto de sinais de alerta é chamado de "Regra do ABCDE":

 A de assimetria: se a lesão (pinta), ao ser dividida ao meio, tem as metades assimétricas;

  • B de bordas: lesões que apresentam contornos irregulares ou recortadas;
  • C de cores: se a lesão apresenta mais de uma tonalidade de cor;
  • D de diâmetro: se a lesão é maior que 6 mm;
  • E de evolução: se a lesão vem apresentando mudança de tamanho ou formato.

Na consulta dermatológica, é feito um exame de corpo inteiro para avaliar todas as pintas a olho nu e, também, a dermatoscopia, um tipo de exame feito com um aparelho denominado dermatoscópio, que aumenta até 70 vezes a visualização da lesão. 

O diagnóstico de comprovação é feito por meios de uma biópsia, com a retirada de um fragmento de pele.

A prevenção deve ser feita através de atitudes simples, como evitar exposição solar excessiva, especialmente entre 10h e 16h, usar sempre filtro solar e roupas com fotoproteção no tecido, usar bonés e chapéus, principalmente para quem tem calvície, evitar manipular possíveis feridas novas que surjam na pele e, principalmente, consultar um médico especialista para avaliação dermatológica periódica.

Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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