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Blog da Adriana Vilarinho

Nutracêuticos orais: o que são e para que servem?

Adriana Vilarinho

28/05/2018 04h00

Muito tem sido falado sobre o uso de nutracêuticos orais. Afinal o que são? Para que servem? Como funcionam?

O termo "nutracêutico" vem da junção das palavras Nutriente + Farmacêutico. São produtos que contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos que foram isolados ou purificados de alimentos e que são comercializados sob a forma de preparações medicinais, sendo utilizados para suplementar a dieta.

São substâncias que por possuírem efeitos antioxidantes, reduzem a formação de radicais livres no organismo e, portanto, previnem os processos de envelhecimento e dano solar na pele. Existem também nutracêuticos que contribuem para a produção de colágeno, com efeito fotoprotetor, redutores da hiperpigmentação, melhorando a hidratação e qualidade da pele.

Esse tipo de produto deve ser prescritos pelo seu médico, pois existem restrições no caso de alergia a algum componente da fórmula, ou mesmo problemas renais ou hepáticos. Também não devem ser ingeridos em excesso para não causar hipervitaminose.

As principais indicações são as seguintes:

  • Queda de cabelos e unhas fracas: são indicados produtos que contenham biotina, zinco, selênio, cobre, vitaminas A e C.
  • Proteção solar em doenças como melasma, lúpus ou vitiligo: o melhor são nutracêuticos como o Picnogenol, derivado da casca de uma árvore (Pinus Maritima), com poderosa ação antioxidante e o Polipodium Leucotomos, derivado de uma planta muito comum na América Central, que atuam diminuindo o impacto dos raios UV na pele. Além de carotenoides e flavonoides, que ajudam a proteger do sol e manter o bronzeado.
  • Estimulação de colágeno: aqui valem os peptídeos de colágeno, além de vitamina C, selênio, silício, arginina, carotenoides e flavonoides. Hoje em dia existem preparações comerciais que já misturam todos esses nutrientes em sachês para serem ingeridos uma ou duas vezes ao dia. Podem ser utilizadas também substâncias com ação antiglicante para evitar a glicação, que é a aderência da nossa pele às fibras de colágeno e elastina, o que produz os A.G.E (Aging Glycation End Products), e estes em excesso proporcionam a perda da elasticidade e rugas. O Resveratrol, que é derivado da uva, também é potente antioxidante, ajuda a melhorar a qualidade da pele.
  • Hidratação da pele em dermatite atópica, psoríase, pele seca pós-menopausa: são indicados os fosfolípides de caviar (ricos em omêga 3) e óleo de boragem (rico em omêga 6).
  • Acne e Rosácea: nessas condições, o melhor é a niacinamida (vitamina B3), que ajuda a controlar a produção sebácea, além do ácido fólico e zinco e cobre.

Por fim, é válido ressaltar que eles são adjuvantes do tratamento dermatológico, devem ser acompanhados de outros tratamentos e/ou cuidados para otimização dos resultados, sempre com o controle de um médico.

Procure seu dermatologista!

Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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