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Foi se aventurar na cozinha e se queimou? Saiba como tratar em casa

Adriana Vilarinho

18/05/2020 04h00

 

iStock

Durante o período de confinamento, muitas pessoas têm se aventurado na cozinha a fim de aprimorar os dotes culinários. Tal fato aumentou o número de acidentes domésticos por queimaduras. Além disso, a flexibilização da venda do álcool 70% para higienização como mecanismo de combate ao novo coronavírus também colaborou para as novas ocorrências.

Adotar estratégias preventivas é fundamental neste momento a fim de evitar situações de risco para queimaduras no ambiente doméstico. Entretanto, caso o acidente já tenha ocorrido, fique atento aos cuidados a serem adotados de imediato.

Pequenas queimaduras superficiais podem ser manejadas em casa, especialmente aquelas que ocorrem após o contato com objetos quentes (panelas, formas, grelhas e forno). Logo após o evento da queimadura, o ideal é resfriar a área queimada com água corrente fria de torneira ou ducha. A água corrente auxilia no alívio da dor, reduz o inchaço local e remove agentes nocivos, interrompendo a progressão do calor e, assim, prevenindo o aprofundamento da lesão.

Vale salientar que o resfriamento nunca deve ser feito com gelo ou outros produtos refrescantes, como creme dental ou margarina, por exemplo, pois podem deixar a pele mais irritada ou promover infecções.

Dependendo do grau de queimadura, podem surgir bolhas, que não devem ser furadas, por mais tentador que pareça. As bolhas protegem a região queimada contra agentes externos, diminuindo o risco de infecções. Contudo, caso o desconforto aumente, é necessário buscar um especialista para tratar a região e retirar o líquido de forma adequada e segura.

Cremes de barreira, como os que contenham dexpantenol (vitamina B5) e lanolina, podem ser aplicados na sequência para promover a regeneração da pele e evitar a desidratação local. Caso a dor passe a incomodar, pode-se usar analgésicos simples por via oral e cremes de corticosteroides no local afetado.

Queimaduras mais extensas, profundas ou que acometem a face e o pescoço devem ser tratadas em ambiente hospitalar. Idosos e crianças são mais vulneráveis a complicações, por isso, em casos assim, o ideal é procurar um serviço de emergência imediatamente.

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Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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