4 maneiras de tratar pálpebras caídas sem cirurgia
Adriana Vilarinho
15/01/2018 15h59
Crédito: iStock
Se você se olha no espelho e sente que suas pálpebras já estão caídas, com pele flácida, e não tem coragem de fazer uma cirurgia plástica (ou não sabe se realmente precisa disso), existem muitos tratamentos disponíveis no consultório do dermatologista que podem ser a solução. A maioria deles é não invasivo, podendo deixar a pele pouco avermelhada nos primeiros dias. É fundamental consulta com o dermatologista para saber qual o mais indicado para cada caso. Entre os procedimentos mais procurados estão:
Laser de CO2
Ele atenua rugas, flacidez e melhora a textura da pele tratada. Durante o procedimento, o feixe de luz atinge a pele criando colunas de microcoagulação, que fazem a retração da derme e estimulam a produção de colágeno. O tratamento é fracionado. Ou seja, apenas uma fração da superfície da pele é tratada pelo laser, deixando pequenas "pontes" de pele intacta. Essa técnica faz com que o processo de cicatrização seja muito mais rápido e permite o retorno às atividades normais em pouco tempo.
Os resultados aparecem de forma gradativa, a depender das condições da pele de cada paciente. Muitas vezes, a melhora já é visível no momento da realização do procedimento, tornando-se mais evidente até cinco meses após sua realização.
O procedimento é feito no consultório com anestesia tópica e gera pouco desconforto. A pele fica mais rosada, descamativa e um pouco inchada por, em média, quatro dias. São indicadas de uma a quatro sessões, dependendo do grau de flacidez.
Radiofrequência monopolar
Essa tecnologia emite ondas de radiofrequência que aquecem as camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno. Os efeitos continuam a melhorar a pele até seis meses após um único tratamento, dependendo da condição da pele e do processo natural de envelhecimento. O método ajuda a tonificar a pele ao redor dos olhos e nas pálpebras. Os olhos ficam com aparência mais aberta e menos cansada. Geralmente, é realizado uma sessão por ano. Após o tratamento, é possível retomar imediatamente à rotina normal. O procedimento é realizado no consultório, sem necessidade de anestesia tópica, e existe pouco desconforto associado.
Radiofrequência com microagulhamento
O procedimento é realizado com um mecanismo com "micropinos". Ele utiliza calor e corrente elétrica para realizar uma microablação invisível, segura e sem sangramento. As agulhas passam pela superfície da pele sem efeito térmico, apenas emitindo elétrons no momento da ação. A tecnologia "dá volume" à derme. É possível sentir esse efeito de preenchimento após a primeira sessão. No entanto, obter melhores resultados são recomendadas, em média, três sessões. O procedimento é feito no consultório com necessidade de anestesia tópica e existe pouco desconforto associado. Leve vermelhidão, inchaço e descamação são esperados nos dois primeiros dias pós-procedimento.
Ultrassom microfocado
É um tratamento de ultrassom não cirúrgico. Sob a pele, são aplicados pequenos depósitos de energia focada de ultrassom na profundidade certa, de modo a obter o efeito desejado, mantendo a superfície da derme intacta. Esse aparelho estimula a produção de colágeno, com melhora do aspecto da pele. Os efeitos podem ser visíveis gradualmente até o sexto mês de tratamento, sendo indicada apenas uma sessão por ano. É um método sem "down time". Ou seja, o paciente pode voltar a fazer suas atividades normais logo em seguida. O tratamento é realizado no consultório com necessidade de anestesia tópica e leve desconforto associado.
Procure seu dermatologista e descubra qual desses procedimentos é melhor para você!
Sobre a autora
Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.
Sobre o blog
O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.