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Blog da Adriana Vilarinho

Harmonização facial: entenda técnica que minimiza efeitos do envelhecimento

Adriana Vilarinho

09/03/2020 04h00

iStock

O preenchimento facial com ácido hialurônico é realizado na área da dermatologia há muito tempo. Contudo, a técnica de realização desses preenchimentos mudou bastante nos últimos cinco anos e temos escutado muito os termos MD Codes e harmonização facial que, na verdade, são apenas termos para designar essa nova técnica.

Esse procedimento é indicado para homens e mulheres que buscam um tratamento para a perda de volume do rosto e a sustentação da pele de forma mais efetiva e natural, a fim de minimizar os efeitos do envelhecimento. Essa técnica foi criada visando promover um efeito de elevação dos tecidos da face, de valorização dos seus contornos, sempre respeitando as características de cada paciente.

A técnica consiste na avaliação médica da face como um todo, permitindo que a causa da queixa seja tratada. Muitas vezes a origem de uma insatisfação reportada pelo paciente pode estar localizada em uma área diferente daquela que o desagrada.

Por exemplo, se a intenção é suavizar as linhas de expressão popularmente denominadas de  "bigode chinês", a aplicação do ácido hialurônico pode ser feita na região das "bochechas", pois, uma vez estruturada essa área, a ruga do chamado "bigode chinês" será, consequentemente, suavizada. Dessa forma acabamos tratando a região anatômica da "origem" da queixa e não simplesmente um sulco que venha a incomodar.

Na técnica do MD Codes, podemos tratar, além da área do "bigode chinês", a linha de expressão conhecida como "linha da marionete", logo abaixo da boca, o mento, lábios, região da mandíbula, "olheiras", região da "maçã do rosto" e a área das sobrancelhas.

É um procedimento feito em consultório médico, com anestesia tópica e geralmente com mínimo desconforto, por isso é possível retorno rápido às atividades habituais. Contudo, é contraindicado para gestantes, pacientes com doenças autoimunes ou alérgicos a algum componente da aplicação.

Vale ressaltar que o produto, quando aplicado em plano fora da região anatômica indicada ou em quantidades exageradas, pode ocasionar a formação de nódulos, oclusão de algum vaso ou o aspecto de hipercorreção.

Por isso, as técnicas exigem vasto conhecimento de anatomia pelo profissional, que deve estar apto e devidamente autorizado a realizar o preenchimento, pois mesmo que não se trate de um procedimento cirúrgico, existem riscos inerentes à técnica. Portanto, o responsável deve estar altamente treinado e pronto para reverter qualquer situação inesperada.

Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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