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Blog da Adriana Vilarinho

Outubro rosa no alvo da dermatologia

Adriana Vilarinho

17/10/2019 11h37

Crédito: iStock

O Outubro Rosa, movimento que tem como objetivo a conscientização da população sobre a prevenção ao câncer de mama, incentiva medidas como a consulta periódica com o ginecologista ou mastologista, bem como a importância dos exames complementares com o objetivo de conseguir diagnósticos precoces.

Além da condução do diagnóstico pelo médico especialista, é importante que uma equipe médica multidisciplinar, dentre estes, um dermatologista, avalie o paciente integralmente, já que há diversos tipos de câncer de mama, que podem evoluir de formas diferentes.

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) , o câncer de mama é o tipo responsável pelo maior número de mortes no universo feminino. Sedentarismo, genética familiar e maus hábitos alimentares, estão entre os principais fatores de risco. O aparecimento de nódulo ou "caroço" na mama, fixo e indolor, é a principal manifestação da doença, estando presente em 90% dos casos.

Durante o tratamento radioterápico ou quimioterápico, é fundamental o acompanhamento de um dermatologista, uma vez que podem surgir ressecamento da pele, coceiras, alterações de pigmentação, acne, sensibilidade ao sol, unhas fracas e queda dos cabelos, entre outros efeitos da abordagem terapêutica.

O uso de hidratantes específicos para rosto e corpo, que sejam não-comedogênicos (não formadores de cravos), sem perfumes e hipoalergênicos, ajudam a minimizar irritações e alergias, melhorando a hidratação nos casos em que houver ressecamento e coceiras. Além disso, os banhos devem ser mornos e rápidos.

A pele fica muito sensível durante os tratamentos, por isso, evitar a exposição ao sol é recomendado. Caso o paciente já possua manchas, é importante aguardar o término da quimioterapia ou radioterapia para verificar a possibilidade de uso de clareadores e ácidos.

Quanto à queda capilar, existem alguns cuidados como o uso de toucas com resfriamento, durante a quimioterapia, que ajudam a minimizar a queda. Mas, vale lembrar que após a liberação médica, podem ser realizadas sessões de laser e intradermoterapia com medicações e vitaminas, que aceleram o crescimento capilar.

É importante que todo e qualquer dermocosmético utilizado seja hipoalergênico e, principalmente, recomendado por um dermatologista, que irá indicar o produto adequado à cada tipo de pele, de acordo com a necessidade e nível de acometimento em relação ao câncer e tratamentos.

Sobre a autora

Adriana Vilarinho é graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, especialista em dermatologia pela Associação Brasileira de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual é membro. Também faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da American Academy of Dermatology.

Sobre o blog

O que a gente chama de beleza é o reflexo da saúde. Uma pele bonita é uma pele saudável, cabelos bonitos são cabelos saudáveis e por aí afora. Este é o espaço para quem busca orientações dermatológicas confiáveis, sempre visando o bem-estar, com dicas que muitas vezes podem ser até bem simples e descomplicadas, mas que são sempre baseadas na experiência médica.

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